Citação da Semana

19 de junho de 2012 \\ Almanaque Baiano

ALMANAQUE BAIANO

“Já imaginávamos que ia ter pressão, mas não imaginávamos que segmentos do Supremo seriam tão suscetíveis assim”. Deputado André Vargas (PT-PR) criticando a decisão do STF de marcar o início do julgamento do mensalão para agosto.
Seca
O Ministério da Integração Nacional liberou na última semana, mais de R$ 15 milhões para obras de combate aos efeitos da seca na Bahia. R$ 3,9 milhões foram antecipados em função da urgência na execução das ações e o repasse do restante das parcelas depende de apresentação e aprovação de um plano de trabalho do estado junto aos municípios. A informação foi publicada no Diário Oficial da União. O deputado estadual Carlos Geilson (PTN) chama a atenção para a necessidade de agilizar a apresentação desses projetos. Segundo o próprio ministério, 217 municípios baianos estão em situação de emergência reconhecida pela Secretaria Nacional de Defesa Civil.
Falácia

Em discurso proferido na tarde de segunda-feira (04) no plenário da Assembleia Legislativa, o líder do PMDB/DEM na casa parlamentar, deputado Luciano Simões, criticou o governador Jaques Wagner pela ausência de ações no combate à seca prolongada que castiga o semiárido baiano. O parlamentar acusou o chefe do Executivo de faltar com a verdade e promover uma "verdadeira falácia", em relação ao desenvolvimento de obras estruturantes que possam melhorar a qualidade de vida da população.

"Nesse último fim de semana viajei por alguns municípios do semiárido e ao chegar à divisa de Ponto Novo, Filadélfia e Itiúba, adentrei pela zona rural e constatei que a situação é a mais grave possível. Nem as redes de televisão, nem a imprensa em geral mostrou o que testemunhei naquelas pequenas propriedades. Um quadro que deixa a gente constrangido, consternado e até com vergonha de ser político", afirmou Simões.

O deputado afirma que o que existe no interior, de fato, com relação à assistência as vítimas da seca, são os carros pipas pagos pelo Exército Brasileiro. "Esse é o único apelo dos pobres que estão morrendo de fome e de sede no semiárido de nosso Estado", ressalta. Luciano Simões também destacou a importância do Governo Federal criar as frentes de serviços para evitar que as famílias morram de fome. Segundo ele, a distribuição de cestas básicas até hoje não ocorreu nos municípios do interior. "É tudo uma mentira", dispara o peemedebista.


PTN

Um ato público acontece segunda-feira (11) às 18h30, no auditório do Feira Palace Hotel, quando o vice-presidente estadual do Partido Trabalhista Nacional (PTN) e presidente da executiva municipal de Feira de Santana, o deputado estadual Carlos Geilson, anuncia o candidato preferencial do partido - de acordo com orientação da direção nacional e da executiva estadual - do PTN à prefeitura de Feira de Santana.
Uma antiga profecia
O ex-presidente Lula vivia criticando os veículos de comunicação e até hoje não mudou de hábito.
Ele não queria, por exemplo, o Escândalo do Mensalão, mas quando a mídia – baseada na denúncia do aliado dele Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB e incluído no rol dos 38 réus no processo que tramita no STF – denunciou o Mensalão, que logo se revelou o maior escândalo de corrupção da história do país, Lula passou a considerar a mídia grande co-responsável, por sua desdita.
Depois de deixar de ser Mensalão para ser – por sugestão do então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, Caixa Dois de Campanha (o que, diga-se de passagem, pelas características da coisa, não fazia e continua não fazendo o menor sentido) – o Mensalão ganhou a honrosa qualificação de farsa.
A “farsa do Mensalão”, perpetrada como um golpe contra o governo de Lula pela oposição e a mídia, farsa que se dedicaria a desmontar após sua saída do governo.
Mas o tema deste espaço, hoje, não é o Mensalão, muito menos a oposição, mas a nova faceta do plano de ataque contra a liberdade de expressão. No caso, as emissoras de televisão e rádio.
É até uma surpresa, pois apesar do comando nacional do PT persistir no seu intento de implantar um “controle social da mídia”, às vezes agora chamado pela designação mais dissimulada de “democratização da mídia”, a presidente Dilma Rousseff fizera algumas declarações muito firmes sobre a intocabilidade da liberdade de expressão.
Mas a denúncia feita no domingo pelo jornal Folha de S. Paulo, que deu conta de uma minuta de decreto segundo a qual se preparava “novo marco regulatório da radiodifusão”, nome de batismo que logo recebeu, afinado com a linguagem da moda. Regula a utilização das concessões de televisão e rádio. A tal minuta, entre outras coisas, tem um jabuti mal escondido no meio da copa da árvore. E, certamente, a árvore só está lá porque precisavam por nela o jabuti. O essencial é ele, não ela.
Qual o cerne da minuta? Simples. Proibição de que emissoras de rádio e TV aluguem canais ou horários a entidades ou empresas. Hoje existem as duas coisas. Mas qual o principal alvo? Elementar, diria Sherlock Holmes ao seu caro Dr. Watson. Igrejas cristãs.
Elas já têm hoje horários alugados. A Igreja Universal do Reino de Deus, a Igreja Internacional da Graça de Deus e a Igreja Mundial do Poder de Deus – sem falar na Assembleia de Deus, braço Vitória em Cristo, que alugava e poderia voltar a alugar horário na Rede Bandeirantes – seriam as mais prejudicadas, por enquanto.
Na Câmara dos Deputados, a bancada evangélica reagiu vigorosamente ontem. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse que não vai comentar sobre a origem da minuta, mas não surgiu ela na sua gestão. É pouco esclarecimento para assunto tão vital, a liberdade de expressão, incluindo a liberdade religiosa.
Especialmente porque o Conselho Curador da EBC vai analisar em 7 de dezembro a retirada do ar, pela TV Brasil e pelas oito emissoras de rádio da rede pública criada pelo então presidente Lula, dos dois programas católicos e um evangélico que transmite.
E outros não serão admitidos. Há decisão informal praticamente tomada de fazer isso.
Estará chegando o tempo, anunciado há quase dois milênios, da perseguição dos cristãos? O leitor que observe e vá tirando sua conclusão. (Ivan de Carvalho/Tribuna da Bahia)

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