A União dos Municípios da Bahia (UPB) lançou quarta-feira (6) a Câmara Setorial Inova Prefeitura, com objetivo de desenvolver estudos e pesquisas que apontem as causas das rejeições de contas por parte do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-Ba), como forma de alerta aos prefeitos e gestores sobre os prejuízos que pode trazer para a administração pública. Segundo membros do TCM 70% das prefeituras terão contas reprovadas no exercício de 2012. A presidente da UPB, prefeita de Cardeal da Silva Maria Quitéria (PSB), fez um discurso e desabafou “a lei é uma caixinha de surpresa” e acrescentou que muitas vezes os prefeitos vão à Brasilia e não são ouvidos no Palácio do Planalto e no Congresso Nacional. 

 

E aconselhou os prefeitos a lutarem pelo acréscimo do repasse de 1% do FPM, no meio e no final do ano, e acrescentou “acho que os ‘sem terra’ são mais bem tratados quando fazem manifestação no Distrito Federal, eles têm comida, água, alojamento, enquanto os prefeitos representantes da sociedade ficam a mercê de uma audiência com integrantes do governo federal e que as vezes não ocorre.

 

Quando prefeitos são presos por questões de improbidade administrativa ou outro tipo de conduta em suas gestões, “são considerados como larápios” e alertou os prefeitos e gestores presentes, como é importante o acompanhamento de suas contas constantemente e a Câmara vai ter esse compromisso com o ente.

 

Outro chamamento em seu discurso aos colegas prefeitos foi “O CPF de vocês não será mais o mesmo se você não disser NÃO”, se referindo a pedidos por parte da população ou interessados que excede os limites estabelecidos por lei, e finalizou dizendo que ser prefeito é uma missão de alta periculosidade.

 

Já o presidente do TCM, conselheiro Paulo Maracajá afirmou em sua fala que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) é quem está massacrando os prefeitos, ela tem que ser modificada, os congressistas tem que mudar a LRF, já está defasada e os gestores devem exigir de seus representantes no Congresso Nacional as mudanças necessárias, para que eles possam desenvolver suas atividades administrativas com mais tranquilidade,  finalizou seu discurso dizendo “ser corajoso é ser prefeito hoje”. (Itamar Ribeiro)

 

O prefeito que não encontrou a Prefeitura

 

Prefeito que sucede um adversário geralmente encontra a Prefeitura destroçada, mas, no caso de Sátiro Dias, nem a própria Prefeitura foi encontrada, pois não havia uma sede onde o novo ocupante do Executivo pudesse se instalar.

Quem afirma é o prefeito Pedrito Dias (PDT), que, ao cinco meses de gestão, ainda se defronta com problemas que, segundo ele, lhe legou o antecessor, Joaquim Neto (PR). “O hospital foi fechado na véspera da posse, porque o prédio era dele, cedido por convênio”, revelou Pedrito.

 

Diante da situação emergencial, o novo prefeito dedicou-se a construir um hospital para Sátiro Dias, com recursos próprios, e prevê sua inauguração no prazo de 60 dias, com 25 leitos.

 

Situado a 200 quilômetros de Salvador, na região Nordeste, o município vinha enfrentando em condições muito difíceis a seca que atinge o semiárido, pois dez poços artesianos estavam sem funcionar. “Reativamos todos eles, e agora são 33 em operação”, disse o prefeito.

 

Canários mudos

 

A piada do canário mudo, mas que custa o dobro do cantante porque é o compositor, foi usada três vezes nos últimos tempos pelo deputado Carlos Ubaldino (PSD) para elogiar secretários de Estado que compareceram a audiências na Assembleia Legislativa.

 

O primeiro foi Luiz Petitinga, da Fazenda, o segundo, Otto Alencar, da Infraestrutura, e, por último, Jorge Solla, da Saúde. Ubaldino acha que os três são tais e quais a discreta avezinha: produzem obras maravilhosas, mas não as vivem alardeando por aí.

 

Homenagem póstuma

 

O deputado Deraldo Damasceno (PSL) apresentou (6), no plenário, moção de pesar pelo morte do presidente regional do PRP, Jorge Aleluia, de 57 anos, vitimado por infarto quando jogava futebol na noite de ontem, terça-feira.

 

À homenagem se associou o deputado Adolfo Menezes, que é do PSD, mas se elegeu pelo PRP, ambos destacando as qualidades pessoais e políticas de Aleluia, que ultimamente vinha coordenando a implantação da Federação de Partido Emergentes, reunindo cinco legendas.

 

Nilo é soteropolitano

 

O presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo, foi homenageado com o título de cidadão de Salvador, quinta-feira (6) na Câmara Municipal. O proponente da honraria foi o vereador Arnando Lessa (PT), que o saudará em nome do conjunto de vereadores.

 

Marcelo Nilo chegou a Salvador em 1973 para concluir o curso científico e fazer vestibular para engenharia civil. Ingressou na Embasa ainda como estagiário, sendo contratado após a formatura, em 1979, e chegando à presidência da empresa no governo Waldir Pires. Cumprindo o sexto mandato, preside o Legislativo pela quarta vez consecutiva.

 

Governo e Prefeitura baixam o pau juntos

 

Um efeito prático dos novos tempos políticos na Bahia: o uso de força policial para dispersar uma manifestação que bloqueava o tráfego na Avenida Paralela.

 

Esses tumultos, que atingem o direito das pessoas e prejudicam gravemente a vida da cidade, jamais, em seis anos e cinco meses de governo Wagner, tinham sido reprimidos de forma tão espetacular.

 

A medida foi pedida pela Prefeitura há poucos dias, através do secretário José Carlos Aleluia, e acatada na primeira oportunidade pelo governo do Estado, que pôde compatibilizar seu dever de intervir com o desejo de não ser criticado. Wagner e Neto fumam duvidoso cachimbo da paz.

 

          Colaborou com essa coluna o jornalista Luis Augusto editor do Blog Por Escrito