Câncer de mama: Feira não dispõe de ambulatório para pós-tratamento
Alcançar a cura do câncer de mama não coloca um ponto final no acompanhamento dos pacientes acometidos pela doença. No entanto, o município de Feira de Santana ainda não possui um ambulatório para pós-tratamento, visando garantir a qualidade de vida destas pessoas. A afirmação é da médica ginecologista e obstetra Fabiane de Araújo, palestrante da sessão solene em homenagem ao Dia Mundial de Combate ao Câncer de Mama, realizada pela Câmara Municipal nesta segunda-feira (23), iniciativa do vereador Pastor Valdemir (PV).
Membro da equipe multidisciplinar do Centro Municipal de Prevenção ao Câncer (CMPC), Fabiane de Araújo já venceu a doença e hoje usa da sua experiência para defender a importância do monitoramento pós-alta. Segundo a ginecologista, os pacientes, em sua maioria mulheres, precisam fazer consultas e exames periódicos para rastrear um possível retorno do câncer de mama. Além disso, lidam com as consequências físicas e psicológicas da doença: “Muitas vezes, essas mulheres ficam com osteoporose e com a vida sexual comprometida. Boa parte delas entra na menopausa muito cedo e as opções recomendadas para amenizar os sintomas não estão acessíveis pelo SUS”.
Também sobrevivente do câncer de mama, a pastora Sandra Vieira afirma que o diagnóstico em tempo hábil foi decisivo para a sua cura. Com o relatório de alta em mãos, ela destacou a importância de prevenir a doença adotando um estilo de vida saudável, como também, de fazer exames periódicos. Ela diz que o Outubro Rosa, na verdade, "é de janeiro a janeiro, então não deixem de fazer anualmente os seus exames, porque eles são essenciais”.
Para o vereador Pastor Valdemir, é fundamental que o Poder Público divulgue os serviços disponíveis e mantenha o debate sobre o assunto. Neste sentido, reforça a importância do Dia Mundial de Combate ao Câncer de Mama, cujo objetivo é conscientizar sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce, além de motivar os pacientes oncológicos que lutam contra a doença. Ele conduziu a sessão solene, que teve na Mesa de Honra a médica Fabiane de Araújo, o enfermeiro Danilo Queiroz e as enfermeiras Damares Silva Rocha e Maria Carolina Oliveira.
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