ALMANAQUE BAIANO

22 de agosto de 2012 \\ Almanaque Baiano

Citação da Semana “João Paulo Cunha, réu do mensalão, garantindo estar disposto a continuar sua campanha à prefeitura de Osasco (SP), mesmo após o relator do processo votar pela sua condenação por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e peculato duas vezes”. Barreiras A dupla JK disputa a Prefeitura de Barreiras. A sigla é dada por elas mesmas Jusmari Oliveira e Kelly Magalhães, ambas do mesmo partido PSD. Jusmari tem uma história política interessante, desbravadora do Oeste da Bahia, foi deputada estadual, federal e hoje administra o município de Barreiras, lutou pela emancipação do município de Luis Eduardo Magalhães, capital da agro-negócio. Kelly Magalhães vem de uma escola política, construindo seu espaço a partir de uma vereança na cidade de Barreiras, hoje deputada estadual, com destaque no parlamento. Grande oradora e luta por sua região. Guanambi A deputada estadual, Ivana Bastos (PSD) forma a chapa majoritária com Paulo Costa (PCdoB) para conquistar a prefeitura do município. Ela na condição de vice-prefeita, atual deputada estadual e presidenta da Comissão Especial da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL). Agersa Os deputados estaduais aprovaram o projeto de Lei que cria a Agência Reguladora de Saneamento Básico do Estado da Bahia (Agersa). Para alguns parlamentares os novos cargos vai agraciar partidários do PR, partido comandado pelo ex-senador César Borges. O partido faz parte da base aliada da presidenta Dilma Rouseff. Dificuldades As dificuldades enfrentadas em Salvador pelo deputado Nelson Pelegrino (PT) não correspondem, na opinião de um deputado da coligação, a sua condição de candidato a prefeito que tem o apoio do governador Jaques Wagner e a visibilidade de quem já disputou três vezes o cargo nos últimos 16 anos. Uma pesquisa acreditada que seja feita no início de setembro, levando em conta, portanto, os dez primeiros dias de propaganda na TV, é que definiria o futuro da candidatura. “Se Pelegrino não bater em dezoito, vinte por cento, pode escrever que é caixão e vela preta”, disse a fonte, em funesta previsão. Destacando que “até no visual” a campanha de Pelegrino perde para a dos principais concorrentes – ACM Neto (DEM) e Mário Kertész (PMDB) –, o deputado não faz segredo de uma estratégia: “Onde estão os apoiadores de todas as secretarias?” Para ele, os milhares de pessoas que ocupam cargos de confiança no governo deveriam usar em seus veículos o adesivo ou perfurate do candidato. “Eles estão no cargo por indicação do governo e o governo tem candidato. Ou você está comigo ou não está”, sintetizou. Rancor Antes, os deputados Elmar Nascimento (PR) e Rosembrg Pinto (PT) também travaram seu debate. Elmar atacava a “entrevista melancólica” do governador Jaques Wagner, hoje, em A Tarde, fazendo críticas à violência, que não permite campanha à noite “em lugar nenhum”, e a nota 0,1 que teria sido obtida por uma escola estadual na avaliação do MEC. “O governador Wagner disse que vai participar ativamente da campanha do candidato Nelson Pelegrino na televisão. Ele será o melhor cabo eleitoral de ACM Neto”, provocou Elmar. Rosemberg até aceitou e referência aos risco noturnos, mas identificou “certo rancor” e um “discurso azedo” do colega contra o governador. Disse que o índice atribuído à Escola 29 de Março foi resultado de “erro de digitação” e que o estabelecimento, na verdade, teve nota que “está na média do ensino público na Bahia”. Rosemberg lembrou ainda o empenho do governo pela segurança, citando a inauguração de uma base da PM em Lauro de Freitas. O petista se declarou disposto a acolher críticas quando forem "necessárias e reais", manifestando contrariedade com a fala de Elmar, que para ele não tem "a preocupação de não levar para o cidadão e a cidadã os reflexos desse debate político que só a nós interessa". Pacote A sessão matinal da Assembleia Legislativa estendeu-se hoje por inacreditáveis 50 minutos. O motivo principal foi o pingue-pongue na parte final entre os deputados Paulo Azi (DEM), líder da oposição, e Álvaro Gomes, que, justiça se lhe faça, defende o governo com muito mais ardor que qualquer outro. Azi criticava o fato de a presidente Dilma ter anunciado um programa de “privatização” de 10 mil quilômetros de rodovias e não ter tido, assim como os petistas em geral, "a humildade de reconhecer que estavam errados” quando se punham contra esse tipo de medida. Álvaro partiu com veemência em defesa do governo Lula, que “encontrou o país destroçado”, e explicou que não se estava entregando patrimônio nacional, mas fazendo-se uma concessão, o que o levava a discordar da palavra “privatização”. Sabedor do pavio curto de Álvaro em questões ideológicas, Azi sugeriu que o adversário era um “ex-comunista envergonhado”, provocando novamente Álvaro, que reagiu: “Eu teria vergonha era de ser um reacionário, conservador, de direita”. (Colaborou com essa coluna o jornalista Luis Augusto do Blog Por Escrito)

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