ALMANAQUE BAIANO

19 de novembro de 2013 \\ Almanaque Baiano

MEDITAÇÃO:  Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor. Romanos 14:8 
 
Citação da Semana
 
“É inadmissível que um presidente de Tribunal ignore erros dessa gravidade de precatórios." Do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) ao comentar a condenação do presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, Mario Alberto Hirs e a ex-presidente da Corte, Telma Britto.
 
Sindicalismo de campanha
 
Benedito Pinheiro no registro civil, o conhecido Tititi, de histórica participação em eleições de tudo que é candidato, está decidido: vai fundar a Associação dos Cabos Eleitorais da Bahia para defender os interesses da categoria: “A gente só é lembrado de dois em dois anos e ainda leva muito calote”.
 
Emendas
 
Há uma proposição tramitando na Assembleia Legislativa da Bahia para que os deputados votem a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Orçamento Impositivo, apresentado pelo deputado estadual Euclides Fernandes (PDT). Mas enquanto isso não acontece, os deputados estaduais baianos se queixam do descaso com que são tratadas as emendas indicadas pelos parlamentares, afirma o deputado estadual Carlos Geilson (PTN).
 
Torcemos por ele
 
Deus queira que nada comprometa o secretário Mauro Ricardo Costa a ponto de o prefeito ACM Neto ter de exonerá-lo e perder a colaboração de um técnico tão importante para a recuperação financeira de Salvador.
 
A situação do secretário é difícil, porque há casos em que mesmo a inocência do cidadão não é suficiente para imunizar politicamente a administração, o que conduz à solução cirúrgica, como no caso do ex-secretário e deputado João Carlos Bacelar.
 
Fizeram as pazes
 
Desafeto de Mário Kertész desde que teve sua Fundação Dr. Jesus acusada no Grupo Metrópole de práticas violentas, o deputado Sargento Isidório (PSC) participou como convidado, de um café da manhã organizado pelo radialista e ex-prefeito num hotel de Salvador.
 
“Pensei que ele ia botar chumbinho em minha comida, mas não foi nada disso. Ele me abraçou, me tratou muito bem e disse que estão feitas as pazes”, disse Isidório, completando, no seu estilo: “Não sou mais gay, mas estou namorando com ele”.
 
O ex-prefeito prometeu visitar a fundação, espaço onde Isidório acolhe dependentes químicos e trabalha por sua recuperação. Nos bastidores, a conversa é que Kertész prepara o filho Chico para uma candidatura à Assembleia Legislativa.
 
 
Legendas
 
Enquanto isso, o deputado Marcelo Nilo (PDT) acrescenta um ingrediente importante à sua movimentação: a busca do apoio de partidos menores da base do governo para demonstrar densidade política nas legendas da coligação que conversam sobre a sucessão com o governador Jaques Wagner.
 
Dessa vez  os dirigentes do PSL foram à Governadoria. O presidente Toninho Olívio nega que tenha feito tal gestão na reunião com Wagner, mas admitiu que Nilo “é um nome que merece estar na chapa, porque é fiel ao governador e é cumpridor de acordos, tem palavra”.
Toninho disse ter informado ao governador o objetivo do PSL de eleger “quatro a cinco deputados estaduais e dois federais”, ouvindo dele a constatação de que o partido já não deve ser considerado “pequeno”, mas “emergente”.
 
Nome do PT ainda não será o da base
 
É consenso no meio político que “vai demorar” a definição da chapa da base governista à sucessão estadual, admitindo-se que este mês, em ato já programado para o dia 30, no Hotel Fiesta, saia, no máximo o nome do candidato do PT.
 
Fora a opinião de líderes experientes, como o vice-governador Otto Alencar, que acha “precipitado” escolher um nome, pelo menos nos próximos quatro meses, há um evidente inconformismo em aliados de peso.
 
O deputado João Leão (PP), na impossibilidade de o governador aceitar o senador Walter Pinheiro, articula abertamente o nome de Otto. O deputado Marcelo Nilo embrenha-se pelos sertões em campanha da qual parece que não desistirá.
 
Manhoso, o próprio governador, até porque ainda conversa com lideranças diversas, não se atreve a sagrar um nome, muito menos dizer de que partido sairia. Reconhece apenas que “a tendência” é por um petista na cabeça, o qual ainda “não está escolhido”.
 
Um parlamentar do PSD que conhece razoavelmente o pensamento de Wagner confirma o clima de indefinição: “O governador não é bobo. Raciocina muito bem em matéria de articulação e sabe que não pode dar um passo tão importante com o quadro nacional ainda obscuro”.
 
Mensalão Paulistano
 
A denúncia de fraude no ISS na Prefeitura de São Paulo na gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) e a devassa promovida pelo prefeito Fernando Haddad (PT) escondem mistérios que vão muito além da defesa da probidade administrativa.
 
Kassab, que depois da eleição aproximou seu partido do governo de Haddad, vê-se agora em processo de fritura aparentemente extemporâneo, mas de grande significado político em seus recônditos.
 
Tão grandes são as implicações e liames da operação que se a atribui ao ex-presidente Lula, que teria recomendado o revolvimento dos porões da municipalidade paulistana para atenuar o impacto ainda expressivo do mensalão.
 
Mas a estratégia não nasceu do nada: coincide com a comunicação feita internamente por Kassab aos cardeais do PSDB de que topa ser o vice na chapa presidencial do senador Aécio Neves.
 
Tal situação teria grande influência no quadro eleitoral em algumas unidades da Federação, inclusive na Bahia, onde não se pode negar a existência de uma pressão muito forte pela candidatura do vice-governador Otto Alencar (PSD) à sucessão do governador Jaques Wagner.
 
Esgrimindo com floretes de ouro, os contendores permanecem em mesuras recíprocas para não entornar o caldo de uma vez. Como Kassab, ao explicar a retirada da gestão Haddad, esta semana, de auxiliares a ele ligados:
 
“O PSD não esteve no governo. Era compromisso de fazermos parte de uma transição. Os eventos da cidade são complexos”.
 
Colaborou com essa coluna o jornalista Luis Augusto editor do Blog Por Escrito
 

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