ALMANAQUE BAIANO
Meditação
“...No último tempo, haverá escarnecedores que seguirão seus próprios desejos ímpios”. Jd v 18
Citação da Semana
“Eu espero que as pessoas virtuosas possam renovar seus partidos, para que ele voltem a se interessar pelo que são as demandas das pessoas", da candidata a presidência da República Marina Silva, em relação ao ex-diretor de abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa.
Argôlo fora
Outro que não participou do almoço, mas assumiu idêntica posição, foi o deputado Luiz Argôlo (SDD).
Agora mais solto, ele estranha por que a imprensa baiana não deu o menor destaque ao fato de não ter sido citado pelo presidiário Paulo Roberto Costa na sua “delação premiada” da corrupção na Petrobras.
Vota nada
Parlamentar de vários mandatos, localizado no interior, onde se encontra em exaustiva campanha, disse que “não se vota nada” na Assembleia Legislativa neste período. “A votação que está preocupando todo mundo é a de 5 de outubro”, assinalou.
Vitória no primeiro turno
Com base em pesquisas realizadas progressivamente em todas as unidades da Federação, o consultor do Séculus apresenta agora os resultados estimados para as eleições de governador.
O partido que tem mais vitórias garantidas no primeiro turno é o PMDB, com Renan Calheiros Filho (Alagoas), Paulo Hartung (Espírito Santo), Henrique Eduardo Alves (Rio Grande do Norte) e Marcelo Miranda Tocantins).
No PSDB, despontam Geraldo Alckmin (São Paulo) e Cássio Cunha Lima (Paraíba), vindo em seguida partidos com um candidato favorito: Flávio Dino (PCdoB-MA), Pedro Taques (PDT-MT), Wellington Dias (PT-PI) e Raimundo Colombo (PSD-SC).
Um caso especial é o da Bahia: o consultor entende que Paulo Souto (DEM) tem alta probabilidade de vencer já no dia 5, mas uma incógnita nesta reta final da campanha é Lídice da Mata (PSB), que poderá crescer com o efeito Marina Silva e levar o pleito para o segundo turno.
Carta de Coronéis da PM
A situação não é tão simples. Há cerca de dez dias, os coronéis da PM enviaram carta ao governador Jaques Wagner, com a preocupação de que a informação não vazasse para que se pudesse chegar sem atrito a uma solução que a todos contemplasse.
A questão é que o governo não abre mão da prerrogativa de punir os insubordinados. E isso, segundo um oficial frisou ao Blog Por Escrito, “não dá pra engolir”. A tese entre os PMs é de que, “se o secretário entende que o comandante não aplica punições adequadas, que puna o comandante”.
A fonte acrescentou que o secretário – na atualidade, Maurício Barbosa, que presumivelmente só ficará mais 115 dias no cargo, donde se depreende que não há interesse pessoal nisso – “está irritado com os coronéis, o clima tá azedo e a briga é forte”.
Baixo nível, mídia e pesquisas são armas anti-Marina
A certa distância do período eleitoral, falou-se em “campanha de alto nível”. Esperavam-na a presidente Dilma Rousseff, o governador Jaques Wagner e tantos outros que não gostam de ver, na disputa do voto, apontados seus erros e defeitos.
Agora, na iminência de um revés ou, pelo menos, de muita dificuldade para alcançar o que antes parecia fácil, vemos, tanto o governador quanto a presidente, se utilizarem da mais reles apelação.
Dilma prega o terror em cadeia nacional, fazendo sumir comidas dos pratos, entre outras prestidigitações. Wagner ataca os aliados do adversário, como se não tivesse ao lado outros tantos da mesma cepa.
Por outro lado, tonta, sem saber para que lado vai desde a tragédia que elevou Marina Silva a candidata à presidência, a grande imprensa precisou, emergencialmente, eleger a nova inimiga, a assustadora seringueira.
Em uníssono, O Globo, Folha, Veja e O Estado de S. Paulo trazem das catacumbas a voz criptografada de Paulo Roberto Costa, repentinamente envolvendo pessoas que, de uma forma ou de outra, já foram citadas em conturbadas histórias de corrupção.
Renan Calheiros, Henrique Eduardo Alves, Edison Lobão, Roseana Sarney. Nada de novo, só a acusação a um morto, Eduardo Campos, que não pode falar e que em vida jamais teve o nome relacionado a escândalos.
É evidente o objetivo de comprometer Marina Silva, como nos casos do avião, do “conflito” com o agronegócio, até a formulação explícita de que, caso eleita, correrá o risco de deposição.
Colaborou com essa coluna o jornalista Luis Augusto editor (Blog Por Escrito)
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