Obrigado mamãe!

08 de maio de 2011 \\ Osmando Barbosa

A última semana, o comércio comemorou a quarta data de maior movimento no ano; os filhos homenagearam àquelas a quem eles devem à vida; a maioria das mulheres adultas recebeu presentes e homenagens. Que o último domingo foi dia das mães, o leitor sabe, e muito bem, mas qual a origem dessa data?

O que não faltam são informações desencontradas sobre a origem do Dia das Mães. Contudo, é inegável sua origem mitológica. Foi na antiga Grécia que aconteceu a primeira homenagem às mães. Isso mesmo! Nas antigas Atenas e Esparta, com a entrada da primavera, festejava-se a data em honra a Rhea, mulher de Cronus e Mãe dos Deuses.

Os romanos herdaram a tradição grega, mantendo essa celebração no início da primavera. Em Roma, a festa em homenagem à mãe dos deuses (lá chamada de Cibele) durava cerca de 3 dias (entre 15 a 18 de março). Os romanos começaram as homenagens a Cibele por volta de 250 anos antes do nascimento de Cristo.

Já no início ao século XVII, na Inglaterra passou a homenagear, durante o quarto domingo da Quaresma, as mães das operárias inglesas. Aos poucos, essa data ganhou força e todas as mães eram homenageadas. Neste período, a maior parte da classe baixa inglesa era operária ou serva em algum feudo, ou seja, trabalhava longe de casa e vivia com os patrões. No Domingo da Mãe, os operários e servos tinham um dia de folga e eram encorajados a regressar a casa e passar esse dia com a sua mãe.

À medida que o Cristianismo se espalhou pela Europa passou a homenagear-se a “Igreja Mãe” – a força espiritual que lhes dava vida e os protegia do mal. Ao longo dos tempos a festa da Igreja foi-se confundindo com a celebração do Domingo da Mãe. As pessoas começaram a homenagear tanto as suas mães como a Igreja.

Nos Estados Unidos, a comemoração de um dia dedicado às mães foi sugerida pela primeira vez em 1872 por Julia Ward Howe e alguns entusiastas, que se uniram contra a crueldade da guerra e lutavam, principalmente, por um dia dedicado à paz. Mas, quem iniciou a campanha para a instituição do “Dia das Mães” foi a também norte americana, Anna Jarvis, no Estado da Virgínia Ocidental, em 1905. Tudo começou quando as amigas de Anna, após a morte de sua mãe, a fim de aliviar seu sofrimento, prepararam uma festa que perpetuasse a memória da mesma. Ana quis que a homenagem fosse estendida a todas as mães, vivas ou mortas. Sua ideia era que os laços familiares e o respeito aos pais fossem fortalecidos. A campanha para que o dia fosse instituído no calendário de datas comemorativas do estado de Virgínia Ocidental, onde Ana morava, durou três anos e a primeira celebração oficial aconteceu em 26 de abril de 1910.

Em 1914, o então presidente dos Estados unidos Woodrow Wilson estabeleceu o Dia Nacional das Mães, a ser comemorado em todo segundo domingo de maio. Daí foi um passo para a universalização do feriado. Em um curto espaço de tempo, mais de 40 países aderiram à data comemorativa. A americana também foi responsável pelo fato de os cravos se tornarem o símbolo maior dessa data. Na primeira missa em homenagem às mães, Anna enviou 500 cravos brancos para a igreja onde a celebração foi realizada. No telegrama enviado junto, ela dizia que as mães deveriam receber duas das flores, porque para Anna a brancura dos cravos simbolizava pureza, fidelidade, amor, caridade e beleza. Nos anos que se seguiram, a americana continuou enviando as flores para a igreja. Depois de algum tempo os cravos passaram a ser vendidos.

Em Portugal, até alguns anos atrás, o dia da mãe era comemorado a 8 de Dezembro, mas atualmente o Dia da Mãe é no 1º Domingo de Maio, em homenagem a Maria, Mãe de Cristo. Aqui no Brasil, o primeiro “Dia das Mães” foi promovido pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre, no dia 12 de maio de 1918. Em 5 de maio1932, o então presidente Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo de maio ao assinar o decreto nº 21.366. Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, cardeal-arcebispo do Rio de Janeiro, determinou que essa data fizesse parte também no calendário oficial da Igreja Católica.

Todo segundo domingo de maio, desde então, as famílias se reúnem para festejar um único membro – a mãe. É dia de almoço especial, presentes e muita alegria em cada lar. Afinal, apesar de descrita por uma palavrinha tão pequena, mãe tem significado infinito, pois quer dizer amor, dedicação, renúncia a si própria, força e sabedoria. Ser mãe não é só dar a luz e sim, participar da vida dos seus frutos gerados ou criados. Obrigado, mamãe!

Este artigo é dedicado a supermãe, Amineres Silva Barbosa Caldas

Mil Beijos, Meire!