Defesa de Lula diz que Moro, de férias, atuou para impedir soltura
Agência Brasil - O advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Cristiano Zanin Martins, divulgou nota em que afirma que o juiz Sérgio Moro, da primeira instância na Justiça Federal, de férias e sem jurisdição no processo atualmente, atuou “decisivamente para impedir o cumprimento da ordem de soltura emitida por um desembargador federal do TRF4 em favor de Lula, direcionando o caso para outro desembargador federal do mesmo tribunal, que não poderia atuar neste domingo (8).”
“É incompatível com a atuação de um juiz agir estrategicamente para impedir a soltura de um jurisdicionado privado de sua liberdade por força de execução antecipada da pena que afronta o texto constitucional — que expressamente impede a prisão antes de decisão condenatória definitiva (CF/88, art. 5º, LVII)”, diz Zanin.
“O juiz Moro e o MPF de Curitiba atuaram mais uma vez como um bloco monolítico contra a liberdade de Lula, mostrando que não há separação entre a atuação do magistrado e o órgão de acusação”, acrescenta a defesa.
Segundo Cristiano Zanin, a atuação do juiz Moro e do Ministério Público Federal para impedir o cumprimento de uma decisão judicial do Tribunal de Apelação reforçam que Lula é vítima de “abuso” e “má utilização das leis e dos procedimentos jurídicos para fins de perseguição política”.
"A defesa do ex-presidente usará de todos os meios legalmente previstos nos procedimentos judiciais e também no procedimento que tramita perante o Comitê de Direitos Humanos da ONU, para reforçar que o ex-presidente tem permanentemente violado seu direito fundamental a um julgamento justo, imparcial e independente e que sua prisão é incompatível com o Estado de Direito", finaliza a nota.
Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, desde o dia 7 de abril, por determinação do juiz Sérgio Moro, que determinou a execução provisória da pena de 12 anos de prisão na ação penal do triplex do Guarujá (SP), após o fim dos recursos na segunda instância da Justiça.
Na manhã de hoje (8), o desembargador federal Rogério Favreto, do TRF-4, concedeu habeas corpus ao ex-presidente. Em seguida, o juiz Sérgio Moro afirmou, em despacho, que o desembargador não tem poderes para autorizar a libertação. O Ministério Público Federal também se posicionou de forma contrária à soltura.
O desembargador Rogério Fraveto reiterou a decisão de mandar soltar imediatamente o ex-presidente.
PUBLICIDADE PUBLICIDADEBrasil.
-
Aprovado orçamento de 2019 com reajuste para agentes comunitários
-
Atirador de Campinas usou pistola comprada de forma ilegal, diz polícia
-
75% dos brasileiros dizem que governo Bolsonaro está no caminho certo, informa...
-
Começa hoje pagamento do Abono Salarial PIS de 2017 para nascidos em dezembro
-
Homem invade missa, mata quatro e comete suicídio em São Paulo
-
Ministério da Fazenda sugere fim do abono salarial e revisão do reajuste do mínimo
-
Mais Médicos abrirá inscrições para profissionais formados no exterior
-
Criminoso se apresenta como surdo e mostra bilhete para anunciar assalto
-
No que depender de mim, vamos acolher venezuelanos, diz Bolsonaro
-
-
-
Moro coordenará grupo de combate à corrupção na equipe de transição
-
20 de novembro: Especialista esclarece diferenças entre crime de injúria racial e...
-
-
Bolsonaro defende mudar idade mínima da aposentadoria neste ano
-