'Agora eu passo a integrar a galeria dos injustiçados', diz Wagner em ato com políticos
Um grupo de políticos da Bahia se reuniu na noite dessa segunda-feira (27) em apoio ao secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado (SDE) e ex-governador Jaques Wagner (PT). O petista é alvo da Operação Cartão Vermelho, deflagrada na manhã de ontem com o cumprimento de mandados de busca e apreensão na sua residência no Corredor da Vitória, na SDE e em endereços de outros envolvidos no processo. A investigação da Polícia Federal (PF) aponta que houve superfaturamento no contrato de demolição e reconstrução da Arena Fonte Nova com a Fonte Nova Participações. "Desde 2013 que esse inquérito rola na Polícia Federal, rola na incompreensão do que é uma PPP e até hoje muita gente dos órgãos de fiscalização não sabe o que é uma Parceria Público-Privada e fica tentando achar chifre em cabeça de cavalo", criticou Wagner em discurso. Governador à época, o petista foi acusado de manter "todo o poder decisório" sobre o contrato e também de ser beneficiário de R$ 82 milhões, provenientes da negociação irregular (saiba mais aqui e aqui). Com os valores atualizados, o superfaturamento chega a R$ 450 milhões, de acordo com estimativa da PF. Eles apontam que parte desse montante foi quitado com a dívida da Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia (Cerb) e outra parcela foi destinada à campanha eleitoral de 2014. “Agora eu passo a integrar a galeria dos injustiçados, dos vilipendiados”, declarou Wagner. “Meu nome, como começa a ser julgado como Plano B, assim como o nome de Haddad [Fernando, ex-prefeito de São Paulo]... No caso dele, pau. Agora comigo, a mesma coisa”, acrescentou o ex-governador, indicando um caráter político na investigação. Ele se refere ao fato de ter sido apontado como alternativa do Partido dos Trabalhadores, caso a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja impossibilitada. Quanto ao inquérito da Operação Cartão Vermelho, Wagner deve voltar a prestar esclarecimentos depois que os materiais recolhedores forem analisados. Entre os bens apreendidos pela PF estão computadores, celulares, documentos e “relógios de luxo”, que Wagner disse ter comprado na China. “Eu já estive na Polícia Federal em maio desse ano [2017] e me lembro muito claramente quando a delegada me perguntou: ‘O senhor quer depor como testemunha ou como indiciado? Porque como testemunha, o senhor não pode mentir’. Eu disse: ‘Então, me bote como testemunha. Eu não tenho nada pra mentir ou pra omitir aqui’”, relatou aos colegas. Após a apresentação do caso pela própria PF, o petista promoveu uma coletiva de imprensa com seus advogados, onde negou que tenha recebido propina (veja aqui). Horas depois, o secretário se reuniu com petistas e outros políticos coligados. Em transmissão ao vivo, exibida no Facebook do ex-governador, é possível ver a presença de nomes como o vice-governador, João Leão (PP), a deputada federal Alice Portugal (PCdoB), o presidente estadual do PT, Everaldo Anunciação, os deputados estaduais Fabíola Mansur (PSB), Pastor Sargento Isidório (Avante), o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Ângelo Coronel (PSD) e outros nomes da política baiana. BN
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